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Mostrando postagens de outubro, 2023
   A formação familiar da minha geração nos preparou para a doação da vida, se possível, na manutenção da família, não tinha outro caminho além de ser mãe e dona de casa, Algumas mulheres de 50 ou mais, se rebelaram, romperam o ciclo e buscaram por outras vivências, além do cuidado da casa. A gente foi estudar, cuidamos da vida profissional, conquistamos espaços masculinos, andamos por cordas bambas entre a casa e o trabalho, carregamos culpas e frustrações por não conseguir dar conta de forma impecável desses dois mundos. Esse grito pela liberdade, trouxe uma melhor estabilidade financeira para as famílias, a gente vive melhor que os nossos pais, falando em dinheiro, aumentamos o consumo, movimentamos a economia, quase rompemos com a autoridade masculina sobre as nossas vidas, somos donas do mundo, mas tudo isso não nos rendeu qualidade de vida, não ocupamos os cargos majoritários, não mandamos em nada, não somos autoridade no quesito da última palavra. Em meio a todas essas conquista
 Andei por caminhos que não sei mais onde podem levar, calcei sapatos que hoje não servem os meus pés, coloquei algumas roupas que não cabem mais no meu corpo, andei com pessoas que não estão perto de mim, dei abraços em outras que não souberam me amar, falei ou deixei de dizer coisas que não devia calar , valorizei outras que não tinham valor algum, marquei encontros que nunca aconteceram, fiz planos que não foram concluídos. Conforme os anos vão passando, amadurecemos as nossas necessidades, a gente não precisa de muitas coisas que pareciam importante, com o tempo a balança muda de posição e começamos a pesar a vida em outras condições, algumas situações perdem a importância, a gente deixa de lado qualquer coisas que possa dar trabalho. A juventude insere em nosso coração algumas necessidades que parecem imprescindíveis, vamos ser infelizes se não conquistarmos, mais daí vem a vida  em toda sua plenitude e nos desafia a derrubar esses castelos de areia, perdemos pessoas, percebemos q
 Rezam as relações interpessoais que o tempo é sem valor, não pode ser comprado ou vendido e nem negociado por qualquer pessoa que não seja o seu próprio dono. Não admite atravessadores, gente que possa negociá-lo em seu nome ou tenha a pretensão de se apossar indevidamente. Até podemos dizer que o patrão compra o tempo dos seus funcionários, que recebem uma compensação financeira pela execução de algum trabalho, mas não é desse tipo de tempo que estou falando, é do tempo das relações entre as pessoas, de amor, sangue ou amizade, do que dedicamos a quem desejamos ao lado. Nunca vi qualquer pessoa vender a sua atenção, amor ou dedicação e tenha recebido em qualquer moeda ou espécie de pagamento que não seja falso ou movidos por interesse. Sem contestações, o tempo, nas relações interpessoais, representa o que de mais puro e valoroso sentimento que possa ser entregue para outra pessoa, é a mais pura prova de amor, o tesouro maior. Nessa relação de confiança, não é possível transferir as